quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Inscrições abertas para o Geração Futura
Falaê: Adriano

Adriano Lima, 22 anos, Recife – PE
Coletivo Gambiarra Imagens
Falaê: Yara

Yara Ligiéro, 14 anos, Rio de Janeiro – RJ
Projeto Cinema de Preto Pro
"Brincando na Aldeia" no Overmundo

Quer votar? Clique no link www.overmundo.com.br/banco/brincando-na-aldeia
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Um novo cinema e uma nova estética

Márcio Blanco, do Observatório de Favelas, fala sobre o Fórum de Experiências Populares em Audiovisual
Um novo tipo de produção audiovisual feita por jovens participantes de projetos desenvolvidos por organizações não-governamentais desponta das mais diferentes realidades brasileiras. Contrapondo-se ao conteúdo tradicional e à estética da televisão, esses jovens realizadores de cinema e vídeo desafiam o mercado com novos olhares sobre a vida, as pessoas e o mundo.
Esse tema orientou o 3° Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul, que aconteceu em Vitória, entre os dias 18 e 22 de setembro, reunindo mais de 30 projetos sociais, em uma programação composta por mostra competitiva, oficinas, debates e palestras.
O ambiente propiciou o encontro de jovens realizadores e de coordenadores de ONGs dentro do 3° Fórum de Experiências Populares em Audiovisual (Fepa). Criado há quatro meses, o fórum discutiu temas como a proposta da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura de criar um edital de fomento à produção audiovisual de jovens integrantes de projetos sociais. Nesta entrevista, o coordenador do Fepa, Márcio Blanco, destaca os objetivos, os desafios e as parcerias para a democratização das tecnologias de informação e comunicação.
O que é o Fórum de Experiências Populares em Audiovisual (Fepa)?
Márcio Blanco - O Fórum de Experiências Populares em Audiovisual (Fepa) surgiu em junho de 2007, por ocasião do Visões Periféricas, que é um festival dedicado exclusivamente a produções de jovens moradores das diversas periferias do Brasil formados por organizações da área audiovisual. Nesse festival, quisemos criar um espaço em que se pudesse discutir, refletir e agregar experiências que estão acontecendo no Brasil, há alguns anos, e que chegaram a uma etapa muito importante de amadurecimento.
Esses realizadores não querem mais ser rotulados como jovens da inclusão social, vindos da periferia, e que estão fazendo vídeo para sair da marginalidade. São rótulos com que nos acostumamos a lidar dentro do Terceiro Setor, e que ainda são muito fortes nesta área. Mas vejo que essa juventude está cansada de ser rotulada. Eles estão querendo ser reconhecidos como artistas, cineastas, realizadores, com propostas estéticas e artísticas. Estão também em uma fase de querer ocupar um espaço dentro do mercado e de ter um canal de diálogo com as políticas públicas de audiovisual. Então, o fórum surgiu como uma conseqüência natural dessas transformações.
Essas instituições e esses jovens iriam agregar-se em torno de algum espaço para dar uma cara, uma unidade a essas experiências, respeitando a particularidade de cada um. E calhou de isso acontecer, em junho, no Visões Periféricas, no Rio de Janeiro; depois, houve uma reunião em São Paulo, durante o Formação do Olhar, em agosto. Então, a Beatriz Lindenberg, do Instituto Marlin Azul, convidou-nos para a terceira reunião, no Festival de Jovens Realizadores. Desta vez, conseguimos reunir não somente os coordenadores das instituições, mas também os jovens que fizeram os filmes. Eles são os protagonistas desse movimento que está acontecendo.
A intenção do fórum é estimular a formação técnica dos jovens ou levantar a discussão sobre as realidades?
Márcio Blanco - Cada vez mais vejo o fórum como um processo. Não há uma definição muito amarrada de quem ele representa e o que ele procura representar, ou quais tipos de discussões quer levar a cabo. Em São Paulo, chegamos a definir que o fórum representa as organizações não-governamentais, os Pontos de Cultura, os coletivos de realizadores que saem dessas experiências audiovisuais.
Definimos também que temos três missões. Na verdade, uma missão com três braços. Um é fomentar a produção e a circulação dessas obras realizadas por esses jovens. O segundo é refletir e criar políticas de profissionalização e de inserção desses jovens no mercado de trabalho, dentro das TVs públicas e privadas. E o terceiro braço seria a educação audiovisual – uma preocupação muito forte dentro dessas instituições –, ou seja, desenvolver uma política nesta área dentro da rede pública de ensino.
Só que o fórum é uma discussão muito aberta. Não é uma entidade fechada, com representantes (presidente, diretor, tesoureiro). O fórum acontece dentro de uma lista de discussão pela Internet, um grupo que reúne não somente os coordenadores, mas também os realizadores.
Queremos avançar em diferentes áreas, como na criação do site – para dar visibilidade a essa produção – e na realização de encontros fora dos festivais que se dedicam a esse trabalho, para que possamos ter mais tempo para discussão e reflexão.
Quais as grandes questões da produção audiovisual da juventude?
Márcio Blanco - Eu sou meio megalomaníaco. Acho que o fórum tem que discutir tudo. Mas que tipo de bandeira o fórum terá? Temos que levantar algum assunto específico? Se pelo lado pragmático é importante defender uma bandeira, para que esse tema tenha uma visibilidade e para que possamos concentrar esforços, eu percebo também que precisamos pensar de uma forma global. Tem a questão da educação audiovisual dentro das escolas públicas, a questão da profissionalização, da produção, da exibição e da circulação. Queremos discutir várias coisas.
Discutimos as novas tecnologias, os editais que fomentem essa produção, a inserção dentro da TV pública. A gente se preocupa com uma política que possa criar uma cultura ou uma economia de audiovisual para o Brasil inteiro. Esse incentivo não pode ficar concentrado em uma região, como o Sudeste, porque essas experiências estão espalhadas por todo o território.
Outra questão: um garoto que estuda lá em Manaus não pode somente fazer uma oficina e, de repente, sentir-se frustrado porque não existe uma cultura ou uma economia que possam inseri-lo dentro da região onde vive, já que as oportunidades estão lá do outro lado do Brasil. Então, para espalhar essa cultura para o País inteiro, é preciso pensar de forma global, de forma holística, atacando o problema por diversos caminhos. O fórum se preocupa com diversos pontos, mas esses três braços são os mais relevantes, mais visíveis, mais tangíveis.
O que o terceiro fórum discutiu, em Vitória?
Márcio Blanco - A Bete Jaguaribe (assessora especial de Cidadania Audiovisual da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura) discutiu um pouco o edital de fomento à produção audiovisual feita por jovens egressos dessas experiências. A secretaria encaminhou a minuta do edital e está todo mundo opinando a respeito. Então, esse é um tema que está muito quente.
Um assunto que se discutiu muito é a importância da educação audiovisual. Isso é básico para se provocar uma série de transformações na forma de fazer e de perceber o audiovisual. Temos um movimento muito concentrado no eixo Rio-São Paulo porque a concentração econômica está nessa região, então, tem que resolver a questão da distribuição de renda.
Outra questão é que não se tem uma educação audiovisual dentro das escolas, onde os alunos, que estão sendo alfabetizados na escrita e na leitura, também possam ser alfabetizados na linguagem audiovisual. Acabamos atropelando as coisas ao passar de uma tradição oral para uma tradição audiovisual, e não passamos pela escrita e a leitura.
Então, é fundamental, sem esquecer a parte da escrita e da leitura, ter uma alfabetização audiovisual. Senão a gente fica achando que a televisão ou a forma de produção audiovisual que estamos acostumados a ver é uma só. Para começar a ter vontade de ver algo diferente, é preciso criticar aquilo que se vê, e assim, começar a perceber que existem outras formas de fazer. Isso acaba gerando uma série de conseqüências como a vontade de produzir.
O edital que está em processo de discussão e ajustes destaca o papel do governo no fomento a essas produções audiovisuais e na criação de espaços para dar visibilidade a essas experiências. O que representa o edital e quais as outras alternativas para incrementar essa produção?
Márcio Blanco - O edital de fomento à produção audiovisual de jovens provenientes de projetos sociais é um grande começo. Existe uma geração de jovens que está muito interessada em participar deste mercado audiovisual. Esse edital dará oportunidade para que eles participem de uma economia e de uma estrutura mais profissional, pois terão acesso a uma verba mais significativa, podendo contratar serviços e entrar em uma lógica econômica e produtiva fomentada pelo Estado (porque 80% da produção cinematográfica é patrocinada pelo governo).
Em termos de criatividade e ousadia, a produção jovem saída das ONGs não deve nada às demais. Com o edital, as produções começarão a ter um aporte financeiro e técnico muito mais profissional, e poderão alcançar um reconhecimento diferente e circular em outros espaços, e não apenas naqueles dedicados a essas ações.
Começarão também a se misturar com outros tipos de produção e a aparecer na televisão. Existe um preconceito muito grande em relação ao audiovisual feito a partir de projetos sociais porque essas obras são realizadas muito em função de processos educativos, e não têm a intenção de formar técnicos ou profissionais. São processos educativos que querem fazer o jovem expressar-se ou inseri-lo em questões de cidadania.
Mas os jovens já estão a fim de dar esse passo para frente, de tomar outro rumo. É importante que eles comecem a participar dessa estrutura econômica para que esse trabalho conquiste outro tipo de reconhecimento. Essa produção está conseguindo mostrar um tipo de Brasil que a gente não está acostumado a ver. E que só os jovens podem mostrar.
Qual avaliação do festival?
Márcio Blanco - Eventos como o Festival de Jovens Realizadores, o Visões Periféricas e o Formação do Olhar são festivais que estão fazendo a diferença porque dão uma visibilidade exclusiva para essa produção. Isso é importante porque destaca e concentra a atenção em torno de um universo de jovens. Esses festivais estão projetando essa galera, jogando para outro tipo de circulação de filmes.
Percebe-se que essa garotada se sente reconhecida e feliz de estar em um espaço que não os percebe de uma forma paternalista. Eles sentem a auto-estima lá em cima, percebem que estão fazendo, que têm uma coisa diferente para falar, e que são mensageiros de um novo Brasil, de um novo cinema, de uma nova estética. Os jovens se vêem protagonistas de uma coisa muito nova que está acontecendo neste País.
· O endereço para cadastramento na lista do Fepa é FEPA-Brasil-subscribe@yahoogrupos.com.br
Fotografia e poesia



Os alunos da Oficina de Fotografia "Sensibilizando o Olhar", que participaram da aula prática no Bairro de Mangue Seco, em Vitória, produziram uma série de imagens que agora estão postadas na galeria do site do Festival de Jovens Realizadores. Não deixe de conferir.
E quem tiver cadastro no Overmundo, vai poder fazer download de todas as imagens produzidas na oficina. É só clicar nos links abaixo:
www.overmundo.com.br
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Foto: Ratão Diniz/Imagens do Povo
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Os premiados do festival
A Comissão de Premiação concedeu menções honrosas a duas produções cariocas. Pela relevância do tema, a comissão destacou o documentário "Ser Igual Mesmo Sendo Diferente", da equipe de jovens do Projeto Bairros do Mundo/Histórias Urbanas"; pela solução visual, ganhou menção a animação "Seco", dos alunos do Programa Educação do Olhar/Kinetoon Produções Cinematográficas.
Já o prêmio do Júri Popular foi para "Maria Capacete", de Eduardo Bezerra e Victor Luiz, das Oficinas Querô – Empreendedorismo e Cidadania Através do Cinema (SP). Além do Troféu Caleidoscópio, a produção recebeu um prêmio adicional de R$ 1.500,00.
sábado, 22 de setembro de 2007
Fórum de Experiências Populares em Audiovisual

Cinema auto-sustentável

Oficina em Mangue Seco


A turma reuniu 25 jovens vindos do Grupo Odomodê - Núcleo Afro da Juventude, de escolas públicas estaduais, bolsistas do Projeto de Conexões de Saberes da Universidade Federal do Espírito Santo e participantes do festival provenientes de outras partes do País.
Comunicar para transformar

Estrelas da tarde
Casa cheia


Audiovisual e educação
Voto popular
Mestres de cerimônia
Ratão em todas
Resultado do festival sai daqui a pouco
A partir das 17h30, começa a entrega dos prêmios. Cada uma das três produções premiadas pelo júri oficial receberá o Troféu Caleidoscópio. O vencedor do júri popular receberá o Troféu Caleidoscópio e prêmio adicional de R$ 1.500,00.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Sexta-feira é dia de cinema ao ar livre

O vídeo, de 52min, conta alguns episódios da vida do lutador e boêmio Touro Moreno, dentro e fora dos ringues. Um encontro entre presente, passado e futuro por meio de depoimentos de amigos, familiares e do próprio Touro. Hoje, aos 69 anos, ele enfrenta lutadores de boxe mais novos, relembra lutas antigas e visita lugares que fizeram parte de sua vida e da história do Espírito Santo. Além disso, Touro se dedica ao treinamento dos filhos, sonhando que pelo menos um deles consiga o título de campeão mundial de boxe um dia.
Entre os assuntos abordados pelo documentário estão o "empate sangrento", famosa luta dos anos 60 entre Touro Moreno e Valdemar Santana; a confusão com os marinheiros
O DOCTV é uma parceria entre a TV Cultura/Fundação Padre Anchieta e a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, e possibilita a produção de documentários para as emissoras públicas culturais e educativas.
Fórum discute políticas de inclusão audiovisual
O 3º Fepa - Fórum de Experiências Populares em Audiovisual se reúne nesta sexta-feira (21), em Vitória, dentro do 3º Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul. O encontro será às 17h30, no Cine Metrópolis, com a coordenação de Márcio Blanco, do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, e a participação de Bete Jaguaribe, assessora especial de Cidadania Audiovisual do Ministério da Cultura.
O Fepa surgiu em junho de 2007, durante o I Festival Audiovisual Visões Periféricas (RJ), realizado pelo Observatório de Favelas. O segundo encontro ocorreu em agosto de 2007, durante o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo (SP).
O fórum é integrado por organizações não-governamentais, Pontos de Cultura e coletivos populares que desenvolvem atividades na área de formação, produção e exibição audiovisual. Suas três áreas de atuação são: fomento à produção e exibição da produção popular; profissionalização e geração de renda para jovens formados em oficinas e cursos populares de audiovisual; e educação audiovisual.
Amanhã tem oficina de fotografia em Mangue Seco
Os moradores de Mangue Seco, na região de Andorinhas, em Vitória, receberão uma visita diferente na sexta-feira (21). Ratão Diniz ministra uma aula prática de fotografia, das 9h às 12 horas, nas ruas do bairro.
Este é o último dia da oficina “Fotografia - Sensibilizando o Olhar” e será dedicado a vivenciar a experiência na prática. O objetivo é estimular formas novas de enxergar a realidade urbana das comunidades de periferia através da linguagem fotográfica. A turma reúne 25 jovens do Grupo Odomodê - Núcleo Afro da Juventude, de escolas públicas estaduais, bolsistas do Projeto Conexões de Saberes e participantes do festival vindos de outras partes do País.
“Por Dentro da Violência” foi o destaque do terceiro dia

O documentário "Por Dentro da Violência", realizado por 20 estudantes do bairro Vila Nova de Colares (Serra), foi o destaque da exibição desta quinta-feira (20/9) que aconteceu no Cine Metrópolis. Realizado pelas oficinas do Projeto Ima.doc, do Instituto Marlin Azul, o vídeo foi mobilizou 18 estudantes do ensino fundamental da Escola Valéria Maria Miranda, durante três semanas.
Os alunos assinam o argumento, o roteiro, a direção, a captação de imagens, o som e a edição do documentário. Eles foram às ruas com os equipamentos e entrevistaram vizinhos, parentes e amigos, que falam sobre os problemas da comunidade, relatam como é viver em um bairro que é considerado um dos mais violentos da Serra e mostram algumas soluções que estão sendo buscadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente crianças e jovens.
Os outros vídeos que fizeram parte da programação foram: “Um Rolê na Zona Norte", do Coletivo Gambiarra Imagens; "Mamulengo", da ONG Giral; e "Catando a Sobrevivência" e "Vidas Exploradas", ambos da ONG Plan; todos de Pernambuco. Cinco vídeos do Projeto Geração Futura, do Canal Futura (RJ), estão na programação: "O Que é Beleza Para Quem Não Vê?", "Glamourização da Violência", "Fé", "Tá Tudo Liberado!" e "Vale Tudo Para Alcançar Seu Objetivo?". Do Ceará, vêm dois documentários, ambos da Fábrica de Imagem: "Coisa de Novela" e "Carne de Procedência". O Projeto Rede Jovem de Cidadania – Associação Imagem Comunitária, de Minas Gerais, marca presença na mostra com o também documentário " Novo Glória I". Encerrando a programação, o documentário "Máscaras 2", dos alunos da Escola de Cinema Dodecá, do Uruguai.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Parceria com o Overmundo
Debate sobre audiovisual e educação no Metrópolis
Mostra continua nesta quarta (19)
Internet colaborativa
A palestra "Overmundo e a Internet Colaborativa", apresentada pela moderadora-geral do site Overmundo, Helena Aragão, reuniu, na manhã desta quarta (19), um grupo de interessados em conhecer a nova forma de fazer Internet exposta pela palestrante.
Fotos: Sérgio Cardoso
Abertura em grande estilo
A abertura do 3º Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul, na noite de terça-feira (18), reuniu uma platéia animada, apesar da noite fria. A programação teve início com a exibição do curta "Albertinho", animação realizada por 150 alunos da rede pública de Vitória integrantes do Projeto Animação, com narração dos estudantes do Núcleo Animazul e trilha sonora apresentada ao vivo pelos Projeto Vale Música – Orquestra Jovem da Academia de Ensino e Grupo Parafolclórico Banda de Congo Mirim da Ilha.
Em seguida, houve a exibição dos demais trabalhos, com apresentação de Marcello Silva e Patrícia Ferrer, do programa "Conexões Urbanas" (Rádio MPB FM, do Rio de Janeiro). Cada diretor ou representante do projeto teve a oportunidade de falar um pouco sobre a obra.
O primeiro vídeo foi “Os Que Trazem o Peixe” (direção coletiva/Aldeia/CE), seguido de "Barbie Problemas da Vida" (Yan Whately/Cinema de Preo Pro/RJ), "Baletéia e a Boneca Misteriosa" (alunos do Núcleo de Artes Alencastro Guimarães/Anima Escola/Anima Mundi/RJ), "Di Polly" (Luis Carlos/Fábrica de Imagens/CE), "Torto" (Samuel de Castro/Oficinas Querô - Empreendedorismo e Cidadania Através do Cinema/SP), "Coco de Umbigada" (Rafaela Gomes/Coletivo Gambiarra Imagens/PE), "Z.inema" (Carol Thomé/SP) e "Imbé Gikegu, Cheiro de Pequi" (Tukumã, Mariká, Aduneri, Asusu, Jairão, Maluki/Vídeo nas Aldeias/PE).
Fotos: Sérgio Cardoso
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Festival começa nesta terça (18) com mais de 30 ONGs e projetos

O 3º Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul começa nesta terça-feira, dia 18, em Vitória. Até sábado (22, Dia Nacional da Juventude), o público poderá conferir 53 curtas-metragens realizados por crianças, adolescentes e jovens com até 24 anos de idade participantes de projetos audiovisuais desenvolvidos por organizações da sociedade civil no Brasil, na Argentina e no Uruguai.
A abertura do festival, nesta terça, será às 19h30, no gramado da Ufes (próximo ao Restaurante Universitário). As exibições, nos demais dias, serão realizadas das 14h30 às 16h30, no Cine Metrópolis. Na abertura, uma tela de cinema será montada ao ar livre para a exibição dos trabalhos. O primeiro filme da noite será o curta capixaba “Albertinho”, animação realizada por 150 alunos da rede pública de Vitória integrantes do Projeto Animação. O curta é uma homenagem a Alberto Santos Dumont, e tem roteiro e direção assinados por estudantes de Ilha das Caieiras, Maria Ortiz e Vila Palestina. A exibição de “Albertinho” terá trilha sonora ao vivo apresentada pelos estudantes do Projeto Vale Música – Orquestra Jovem da Academia de Ensino e Grupo Parafolclórico Banda de Congo Mirim da Ilha.
Mais de 30 entidades e projetos marcam presença no festival, que também promoverá oficinas, palestras e debates com a presença de educadores, produtores culturais e empreendedores sociais, além do lançamento do documentário “Touro Moreno” (sexta, 21, no Cais do Hidroavião), do capixaba Juliano Enrico, e do 3º Fepa – Fórum de Experiências Populares em Audiovisual (sexta, 21, Cine Metrópolis). Todas as exibições, palestras, debates e fórum têm entrada franca. Já as oficinas são destinadas aos jovens cadastrados pelos projetos e escolas da rede pública de ensino.
O festival recebeu 151 inscrições. A mostra oferecerá quatro premiações. Cada uma das três produções premiadas pelo júri oficial receberá o Troféu Caleidoscópio. O vencedor do júri popular receberá o Troféu Caleidoscópio e prêmio adicional de R$ 1.500,00.
Foto: "Albertinho" - Projeto Animação - Instituto Marlin Azul/ES
Vídeo do DOCTV III tem exibição especial na sexta (21)
Fórum de Experiências Populares em Audiovisual
Festival promove debates
Na quarta (19/9), o tema do debate será “O Audiovisual como Ferramenta de Educação”, com Joelma Ambrózio, coordenadora do Núcleo de Comunicação e Formação da Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência.
Na quinta (20/9), o tema será “Mídia para os Jovens, com os Jovens e a Partir dos Jovens”, com Paulo Lima (diretor do Projeto Revista Viração) e Vitor Vogas (Gerência da Juventude da Prefeitura de Vitória).
Na sexta (21/9), o tema é “Cultura Urbana: O Núcleo das Cenas”, com Marcello Silva e Patrícia Ferrer (programa “Conexões Urbanas”, da Rádio MPB FM, do Rio).
No sábado (22/9), o tema do debate será “Conteúdo Infanto-Juvenil na TV”, com a presença de Âmbar de Barros (coordenadora do Núcleo Infanto-Juvenil da Fundação Padre Anchieta - TV Cultura).
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Oficinas para jovens realizadores

De
Fotografia - Sensibilizando o Olhar
20, 21 e 22 de setembro
9h às 12h – Ufes
Conduzida por Ratão Diniz – fotógrafo que integra a equipe da Agência Imagens do Povo, do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro.
Oficina de formação do olhar (módulos teórico e prático) com a proposta de despertar o interesse pela linguagem fotográfica e discutir a importância dos espaços populares a partir dos registros da realidade vivida nessas áreas urbanas. A oficina propõe o convívio com as comunidades a fim de contrapor o olhar dos jovens à visão da mídia sobre esses espaços.
Cinema Auto-sustentável
Usando a Internet para Distribuir Filmes
20, 21 e 22 de setembro
9h às 12h – Ufes
Conduzida pelo Cine Falcatrua – O grupo já participou de eventos, mostras e exposições por todo o mundo, trabalhando em parceria com instituições como SESC-SP, Instituto Itaú Cultural (SP), Prêmio Sérgio Motta (SP), Oi Futuro (RJ), SoftwareLivre.Org (RS), Tangolomango (RJ), Secult-ES (ES), Casa Porto de Artes Plásticas (ES), Hordaland Kunstcenter (Noruega) e ACC Gallerie Weimar (Alemanha).
As mídias digitais causaram uma completa reorganização da sociedade. Agora, como antes da industrialização, produzir e consumir cultura se aproximam, e os agentes intermediários estão perdendo sua importância. Por isso, os realizadores e o público são convocados a cumprir funções das quais por tanto tempo se mantiveram afastados: a coordenação do fluxo de produtos culturais, a troca de mercadorias simbólicas – a própria cultura. A oficina apresentará aos participantes como distribuir e exibir filmes usando equipamentos flexíveis e de baixo custo.
Foto: Oficina Falcatrua no Sesc Santos - Crédito: Fernanda Neves
Participação do CRJ no 3º Festival de Jovens Realizadores
O Centro de Referência da Juventude (CRJ) já está fechando a participação de vários grupos de jovens, que integram as atividades realizadas no centro, para participarem das palestras que acontecerão durante 3º Festival de Jovens Realizadores, que começa no dia 18 de setembro.
A semana também marca o primeiro ano do CRJ, criado pela Prefeitura de Vitória e voltado para jovens e adolescentes que têm interesse em desenvolver atividades extracurriculares como música, desenho, vídeo jornal etc. Com o apoio do Centro do Adolescente Trabalhador (CAT), o CRJ também encaminha jovens para cursos e emprego em empresas capixabas. Funciona na avenida Vitória, 1.334, Ilha de Santa Maria (em frente à antiga Fábrica 747). Telefone de contato: 3132-4042.
Overmundo e a Internet Colaborativa
Sensibilizando o Olhar
Sensibilizando o Olhar será a primeira palestra da programação do 3º Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul, na próxima terça-feira (18/9), às 14h, no Centro de Referência da Juventude (CRJ), na avenida Vitória, 1.334, Ilha de Santa Maria (em frente à antiga Fábrica 747). O fotógrafo Ratão Diniz, que registrou as imagens de parte do Circuito de Exibição nas Cidades do Projeto Revelando os Brasis, irá apresentar seus trabalhos e sua experiência como integrante da equipe da Agência Imagens do Povo, do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro.
A agência começou com a Escola de Fotógrafos Populares do Observatório, para formar jovens fotógrafos e permitir o seu ingresso no mercado profissional, contribuindo para um trabalho de registro dos espaços populares e difundindo olhares positivos sobre esses locais e seus moradores.
O curso, criado pelo fotógrafo João Roberto Ripper (especialista na documentação de questões sociais e temas associados aos Direitos Humanos), obteve o reconhecimento de sua atividade acadêmica como Curso de Extensão em maio de 2006, contando, ainda, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Juventude e audiovisual
No entanto, as múltiplas experiências de protagonismo juvenil, a partir da interação entre cinema, educação e cidadania, são desconhecidas da maior parte do público devido à falta de acesso da produção jovem aos circuitos de difusão.
Contrária a esse isolamento, uma rede de instituições sociais começou a discutir ações para dar visibilidade à produção vinda dos segmentos populares da sociedade. Um dos resultados dessa integração é o Festival de Jovens Realizadores do Audiovisual do Mercosul, cuja terceira edição se realizará de 18 a 22 de setembro, em Vitória.
Pioneira na divulgação da produção audiovisual das ONGs, a mostra reunirá iniciativas do Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, entre outros Estados, além de produções da Argentina e do Uruguai. Neste ano, o festival exibirá 55 curtas-metragens vindos de 33 projetos sociais. Trata-se de uma oportunidade para exibição dos trabalhos, aprimoramento de técnicas, reflexão de conteúdos, troca de experiências e articulação de propostas capazes de valorizar a rica e diversificada produção audiovisual jovem nascida nas organizações sociais.
A criação de espaços para exibição e discussão dos trabalhos, inclusive nas TVs públicas, é apenas um dos aspectos da democratização do acesso dos jovens aos recursos, técnicas e conteúdos audiovisuais. Outros desafios são a absorção desses realizadores pelo mercado e a inclusão do conhecimento audiovisual nos currículos do ensino fundamental e médio das escolas públicas.
O cinema e o vídeo são linguagens contemporâneas que, para os segmentos socialmente discriminados (crianças e jovens da rede pública, moradores de bairros populares e das pequenas cidades, populações indígenas), constituem-se em instrumentos de transformação individual e coletiva, de contestação, de resgate da memória, de profissionalização e de resistência cultural.
Beatriz Lindenberg é coordenadora do Instituto Marlin Azul e do Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul
* Artigo publicado na edição de 12 de setembro de 207 do jornal A Gazeta (Vitória)
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Festival reúne jovens diretores de cinema e vídeo em Vitória
As exibições serão realizadas das 14h às 16h, com entrada franca. Cada produção premiada pelo júri oficial receberá o Troféu Caleidoscópio. O vencedor do júri popular receberá o Troféu Caleidoscópio e prêmio adicional de R$ 1.500,00. O festival também irá apresentar filmes convidados, oficinas, debates e encontros.
A comissão de seleção foi integrada pelos estudantes do ensino médio Ana Cláudia Soares, André Martins de Oliveira, Ariane Góis Piñero, Guilherme Alomba, Marinéia Anatório, Mateus Vieira de Jesus, Nadzilla Schultz e Rodrigo Bitti; pelos universitários André Rodrigues Carvalho Netto, Natália Silva Goldring Soares, Leonardo Brunelli Leitão (alunos do curso de Comunicação Social da Faesa); Patrícia Baptista Galleto e Vitor Bourguignon Vogas (estudantes do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo).